
Você já viu isso mil vezes em filmes: o herói joga uma granada, dá tempo de gritar “COBREM!” e todos mergulham num salto dramático. Explosão gigante. Cortes rápidos. Fumaça cinematográfica. Silêncio momentâneo. Mas… será que granadas de fragmentação funcionam assim mesmo?
Ou será que o cinema transformou uma ferramenta mortal em espetáculo pirotécnico pra vender ingresso?
Spoiler: a realidade é muito mais suja, feia e letal.
Neste artigo da Gazeta Tática, vamos te mostrar como uma granada de fragmentação realmente funciona, por que ela é tão temida em combate e — claro — desfazer alguns mitos que você talvez ainda carregue no bolso junto com pipoca 🍿.
O que é uma granada de fragmentação (e por que você não quer estar do lado errado dela)
Primeiro, vamos direto ao ponto:
Uma granada de fragmentação não foi feita pra explodir cinematograficamente bonito. Ela foi feita pra matar com estilhaços. Cru, direto e sem charme.
Ela é basicamente uma casca metálica recheada de explosivos e, às vezes, fragmentos pré-formados. Ao explodir, essa casca se rompe violentamente, lançando pedaços de metal em altíssima velocidade pra todo lado. O nome bonito disso é “efeito de fragmentação”. O nome real seria “chuva de lâminas invisíveis cortando carne viva”.
Como ela funciona — passo a passo
A lógica da granada de fragmentação é simples, mas mortal:
- Pino puxado
Você remove o pino de segurança. Até aqui, nada explode. Calma. - Alavanca solta (o terror começa)
A alavanca (ou “colher”) é o que mantém o percussor no lugar. Quando ela é solta (ao lançar a granada), o percussor ativa o espoleta. - Tempo de atraso (cerca de 4-5 segundos)
Esse é o tempo que o inimigo tem pra dizer “merda” antes de ser fatiado. - Explosão e fragmentação
O explosivo interno detona, despedaçando a carcaça da granada em centenas de estilhaços que saem voando a cerca de 1.500 a 2.000 metros por segundo. É mais rápido que a maioria dos tiros. - Resultado final
Quem estiver próximo, sem cobertura, vira estatística.
Então por que Hollywood mente?
Porque verdade não vende ingresso.
Em filmes, granadas explodem como se fossem tanques de gasolina com glitter. Há bolas de fogo, gente voando, carros capotando… tudo coreografado com trilha sonora de fundo.
Na realidade?
A granada de fragmentação não tem explosão bonita. Tem som seco, fragmentos cortando o ar e gente gritando de dor. É mais feia do que você imagina. E é exatamente isso que a torna eficaz.
Ela não quer “derrubar” o inimigo. Ela quer estraçalhar.
O que ela faz com o corpo humano? (spoiler: nada bonito)
Vamos imaginar o seguinte:
Você tá num raio de 5 a 10 metros do ponto de impacto, sem abrigo, e a granada detona. O que acontece?
- Estilhaços penetram o corpo como balas. Sim, vários projéteis pequenos. Braços, pernas, peito, rosto.
- Os órgãos internos sofrem lacerações múltiplas. Dependendo do ponto atingido, você morre em segundos — ou sofre por minutos, sangrando até o fim.
- Um estilhaço bem posicionado pode atravessar coletes leves, vidros e madeiras finas.
Ou seja: quem tá por perto não “voa”. Cai. E fica.
Alcance e área letal: você não precisa estar em cima pra morrer
Aqui vai uma das verdades que poucos falam:
A área letal de uma granada M67, por exemplo, pode chegar a 15 metros, com fragmentos podendo atingir até 230 metros de distância em campo aberto. 😳
Isso significa que você pode estar bem “longe”… e ainda assim perder uma perna.
Tipos de granadas de fragmentação (sim, existem várias)
🎯 M67 (EUA) – A clássica. Corpo esférico, raio letal de ~5 metros.
💣 F1 (Rússia) – Mais pesada, com raio de fragmentação maior (~30 metros).
🔥 Mk 2 “abacaxi” (antiga dos EUA) – A icônica de Segunda Guerra, hoje mais para museu do que combate real.
🔧 Granadas improvisadas – Sim, grupos insurgentes e criminosos fazem as suas próprias. Acredite: muitas vezes são ainda mais brutais.
“Dá pra se proteger de uma granada?”
Resposta rápida: dá. Mas só se você agir em 2 segundos e tiver cobertura sólida (e sorte).
Algumas dicas de sobrevivência em caso de granada:
- Mergulhe atrás de algo sólido (parede, bloco de concreto, veículo blindado). Madeira e drywall não vão te salvar.
- Vire-se de costas para a explosão, protegendo o rosto e órgãos vitais.
- Deite no chão, braços cruzados sobre o pescoço, tentando proteger a espinha.
Agora, convenhamos: se você tá lendo isso pra aprender “o que fazer” quando jogarem uma granada em você…
🤨 Talvez seja hora de treinar mais e se expor menos.
Mitos comuns sobre granadas (que precisam morrer)
❌ “A explosão mata pela pressão.”
Errado. A maioria das mortes vem dos estilhaços, não da pressão explosiva.
❌ “Dá pra segurar uma e jogar de volta.”
Teoricamente sim… se você for um ninja com tempo de reação sobre-humano. Não conte com isso.
❌ “Granadas sempre matam todos por perto.”
Falso. A eficácia depende do terreno, cobertura e posicionamento. Mas causar caos e pânico? Isso é garantido.
O que você realmente deveria aprender com isso tudo
Granadas de fragmentação não são brinquedos, nem efeitos especiais.
São armas brutais, desenhadas pra mutilar, neutralizar e aterrorizar.
São ferramentas de guerra, não cenas de ação.
Saber disso muda a forma como você enxerga o combate real.
E mais importante: te obriga a sair da fantasia e entrar na realidade.
Porque quem se ilude com o que vê nos filmes… vira alvo fácil na vida real.
Conclusão provocativa (mas necessária)
Se você acha que granadas são “cool”, tá na hora de repensar sua visão sobre combate.
Na vida real, guerra fede, sangra e traumatiza.
Seja humilde. Seja técnico. Seja treinado.
Porque se um dia você ouvir o som seco de uma granada batendo no chão perto de você, o que vai definir se você vive ou morre não é o que você viu em filme… é o que você TREINOU antes.
💥 Gostou desse conteúdo brutalmente realista?
Compartilha com quem ainda acha que granada explode como em Call of Duty.
Comenta aqui embaixo: você já acreditou em algum desses mitos?
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